Erieta Attali e Philipp Valente exploram as sombras do passado industrial da Alemanha

O passado industrial das cidades pode deixar marcas inquietantes no presente. Grandes estruturas abandonadas e amplas instalações esquecidas são um atrativo tanto para o voraz mercado imobiliário como para a imaginação daqueles que sonham acordados com um passado que já não promete nenhum futuro. Este é o caso do Vale do Ruhr, a região metropolitana mais populosa da Alemanha e maior zona industrial da Europa.

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Localizada na porção leste do país, próximo à fronteira com os Países Baixos e a Bélgica, o Vale do Ruhr envolve onze cidades, das quais se destacam Düsseldorf, Dortmund e Essen, e diversos outros municípios menores. O passado industrial e as transformações econômicas pelas quais a região tem passado marcaram profundamente a paisagem do Ruhr, transportando para o presente algumas testemunhas de um período que não mais existe – relíquias do patrimônio material alemão, algumas das quais tombadas pela Unesco.

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Complexo Industrial da Mina de Carvão Zollverein em Essen. Conceito da fotografia e © Erieta Attali

A inqueitante presença dessas imensas instalações e infraestruturas que um dia supriram as necessidades econônimas do país e do continente levou o jovem arquiteto Philipp Valente, membro da Akademie der Künste de Berlim, a investigar a essência dessas arquiteturas industriais. A seu convite, a fotógrafa Erieta Attali passou os últimos meses registrando as paisagens erodidas do Ruhr – empreitada que resultou em uma belíssima e potente série de fotografias do patrimônio industrial da Alemanha.

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Parque Duisburg-Nord. Conceito da fotografia e © Erieta Attali

Hoje, muitos desses lugares de que me recordo foram vítimas de mudanças estruturais. Conjuntos habitacionais desumanizados e shopping centers voltados para o consumo de massa os substituíram. Como se deu esse desenvolvimento? Qual poderia ter sido a força motriz por trás dessas enormes mudanças? Qual é o futuro do Vale do Ruhr? Como arquiteto, tento entender o que aconteceu aqui, o que podemos aprender com esse desenvolvimento e como podemos continuar a construir no futuro sem negar a história da região do Ruhr. – Philipp Valente

A coleção de imagens concebida por Erieta Attali nos conduz pela minas do Ruhr em um passeio que nos dá a conhecer parte do passado desta região cuja identidade passou, a partir do século XIX, a ser fortemente moldada pela industrialização.

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"Bramme" de Richard Serra no Schurenbach-Halde em Essen. Conceito da fotografia e © Erieta Attali
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Complexo Industrial da Mina de Carvão Zollverein em Essen. Conceito da fotografia e © Erieta Attali
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Complexo Industrial da Mina de Carvão Zollverein em Essen. Conceito da fotografia e © Erieta Attali
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Complexo Industrial da Mina de Carvão Zollverein em Essen. Conceito da fotografia e © Erieta Attali
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Parque Duisburg-Nord. Conceito da fotografia e © Erieta Attali
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Parque Duisburg-Nord. Conceito da fotografia e © Erieta Attali
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Parque Duisburg-Nord. Conceito da fotografia e © Erieta Attali
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Zeche Ewald em Herten. Conceito de fotografia e © Erieta Attali
Erieta Attali e Philipp Valente exploram as sombras do passado industrial da Alemanha - Imagem 34 de 39
"Horizontobservatorium" no Halde Hoheward em Herten. Conceito da fotografia e © Erieta Attali
Erieta Attali e Philipp Valente exploram as sombras do passado industrial da Alemanha - Imagem 35 de 39
Kokerei Hansa em Dortmund. Conceito da fotografia e © Erieta Attali
Erieta Attali e Philipp Valente exploram as sombras do passado industrial da Alemanha - Imagem 38 de 39
Phoenix West em Dortmund. Conceito da fotografia e © Erieta Attali

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Sobre este autor
Cita: Romullo Baratto. "Erieta Attali e Philipp Valente exploram as sombras do passado industrial da Alemanha" 19 Out 2020. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/949562/erieta-attali-e-philipp-valente-exploram-as-sombras-do-passado-industrial-da-alemanha> ISSN 0719-8906

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